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Na tarde desta quinta-feira (12), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) defendeu que o governo tenha políticas mais severas para “acabar com a violência contra a mulher”. A fala foi feita ao discursar em Belford Roxo (RJ), no lançamento da Rede Alyne. O programa tem como meta reduzir a mortalidade materna em 25% até 2027.
No entanto, Lula não se referiu em sua fala ao recente caso envolvendo o ex-ministro dos Direitos Humanos, Silvio Almeida, que foi acusado de assédio sexual por várias mulheres, incluindo a ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco.
“Nós precisamos ter uma política muito severa para acabar com a violência contra a mulher. Nós precisamos ter uma briga porque a mulher não pode ser vítima de um cara que não tem escrúpulo. Se o cara quer beber para ficar violento com a mulher, ele que beba e dê cabeçada na parede do bar que ele bebeu, mas não vá para casa para ofender sua companheira, para agredir sua companheira”, disse Lula no evento.
No discurso, o petista ainda disse que os homens sabem como “fabricar um filho”, mas que muitas vezes não têm a “sensibilidade de saber o que a mulher sofre da gravidez ao parto” e não sabem dos riscos que as grávidas correm neste período.
“Queremos criar o programa para que a mulher seja atendida com decência, para que faça todos os exames necessários, para que faça todas as fotografias que queira fazer do útero para ver a criança. Que vá ao médico e saia de lá com saúde e uma criança muito bonita no colo”, afirmou Lula.
Em certo momento, Lula se emocionou ao contar que sua 1ª mulher, Maria de Lourdes da Silva, morreu no parto do 1º filho do casal, em 1971. O bebê também faleceu.
“Hoje eu tenho certeza absoluta que foi relaxamento, que foi falta de trato porque as pessoas pobres muitas vezes são tratadas como se fossem pessoas de 2ª categoria. E se é pobre e mulher negra, é tratada como se fosse de 3ª categoria”, disse o petista.