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O ex-presidente e ex-senador Fernando Collor de Mello foi preso na madrugada desta sexta-feira (25), em Maceió, após condenação definitiva por corrupção passiva e lavagem de dinheiro no âmbito da Operação Lava Jato. A ordem de prisão foi expedida pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), que determinou o cumprimento da pena em regime fechado.
Collor ficará na Ala Especial do Presídio Baldomero Cavalcanti de Oliveira, em Maceió, em cela individual. Durante audiência de custódia, o ex-senador manifestou o desejo de permanecer no estado de Alagoas, o que foi acatado pelo ministro Moraes. “Nos termos da Lei de Execuções Penais, o local de cumprimento da pena, em regra, deve ocorrer no local de domicílio do preso, a fim de assegurar sua permanência próximo ao seu meio social e familiar”, afirmou o magistrado.
A defesa de Collor havia solicitado prisão domiciliar, alegando comorbidades graves, como doença de Parkinson, apneia do sono grave e transtorno afetivo bipolar. Moraes, no entanto, ordenou que a direção do presídio informe, em até 24 horas, se há condições adequadas para tratar da saúde do político.
Collor foi condenado por envolvimento em contratos irregulares da BR Distribuidora, subsidiária da Petrobras, com a UTC Engenharia. Segundo as investigações, ele teria recebido R$ 20 milhões de empresários para favorecer indicações políticas dentro da estatal e viabilizar contratos de construção de bases de combustíveis. Os crimes ocorreram entre 2010 e 2014, período em que Collor exercia mandato de senador.
A ação contra o ex-presidente tramitava no STF desde 2018 e culminou na condenação definitiva. Além de Collor, outros dois condenados no mesmo processo também tiveram suas penas determinadas. Pedro Paulo Bergamaschi de Leoni Ramos cumprirá quatro anos e um mês em regime semiaberto, enquanto Luís Pereira Duarte de Amorim terá penas restritivas de direitos.
A prisão de Collor marca mais um capítulo na Operação Lava Jato, que revelou esquemas de corrupção envolvendo políticos e empresários de alto escalão. O caso reforça a importância de investigações rigorosas e do cumprimento da lei, mas também levanta debates sobre o impacto das decisões judiciais na vida de figuras públicas e suas famílias.
