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O presidente eleito dos Estados Unidos, Donald J. Trump, anunciou que seu discurso de posse, marcado para o dia 20 de janeiro, será transferido para a Rotunda do Capitólio devido às baixas temperaturas previstas na capital do país. Em um comunicado, Trump explicou que a decisão foi tomada para garantir a segurança dos presentes, considerando a chegada de uma massa de ar ártico que pode provocar temperaturas extremamente baixas.
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O presidente eleito destacou que essa medida segue o precedente estabelecido por Ronald Reagan em 1985, quando o ex-presidente também transferiu a cerimônia para o interior do Capitólio devido às condições climáticas adversas. “Não quero ver ninguém ferido ou machucado de forma alguma. São condições perigosas para as dezenas de milhares de agentes de segurança, socorristas, cães policiais e cavalos, além dos centenas de milhares de apoiadores que estarão lá fora por muitas horas”, afirmou Trump.
Além da mudança no local do discurso, Trump confirmou que a arena Capital One abrirá suas portas na segunda-feira para a retransmissão ao vivo do evento e para a celebração do desfile presidencial. O presidente eleito indicou que se juntará à multidão no local após prestar o juramento.
Mudanças no programa oficial
Os demais eventos programados seguem sem alterações, incluindo o comício de vitória na Capital One Arena, no domingo às 15h00 (com abertura das portas às 13h00), e os três bailes de posse na noite de segunda-feira.
Trump concluiu sua mensagem garantindo que o dia seguirá normalmente e reafirmou seu lema de campanha: “MAKE AMERICA GREAT AGAIN!”.
Previsão de sensação térmica perigosamente baixa para o Dia da Posse
O Serviço Nacional de Meteorologia (NWS) emitiu um alerta sobre temperaturas extremamente baixas e ventos fortes que afetarão a região de Washington, D.C., na segunda-feira, 20 de janeiro, coincidentemente com a cerimônia de posse presidencial.
De acordo com a previsão, a sensação térmica ficará entre -14°C e -12°C ao meio-dia, devido aos ventos gelados. À noite, espera-se que a temperatura aparente caia ainda mais, chegando a -22°C a -17°C em várias localidades, o que pode representar um risco para a saúde, com possibilidade de hipotermia ou congelamento da pele exposta.
As autoridades meteorológicas recomendaram à população que se vista com várias camadas de roupas e tome precauções extremas caso planeje ficar ao ar livre por longos períodos.
Previsão do clima por horas para o Dia da Posse
A previsão por horas do Serviço Nacional de Meteorologia indica que a sensação térmica durante o dia da posse presidencial continuará extremamente baixa devido às fortes rajadas de vento.
A partir das 8h, a temperatura será de -7°C, com rajadas de 37 km/h, gerando uma sensação térmica de -14°C. À medida que a manhã avança, a temperatura aumentará levemente, chegando a -6°C ao meio-dia, enquanto as rajadas de vento alcançarão 53 km/h, mantendo a sensação térmica em -13°C.
Durante a tarde, as condições permanecerão semelhantes, com temperaturas estáveis de -6°C e rajadas variando entre 50 e 53 km/h, o que fará com que a sensação térmica se mantenha entre -13°C e -12°C. Às 16h, a temperatura cairá novamente para -7°C, com ventos de 47 km/h, mantendo a sensação térmica em -13°C.
Esses valores refletem um dia de frio extremo em Washington, D.C., com condições desafiadoras para aqueles que comparecerão ao evento.
O NWS Baltimore/Washington continuará monitorando o sistema de ar ártico e emitirá atualizações conforme a data se aproxima.
A onda de frio se estenderá por vários dias
Segundo o The Washington Post, as temperaturas em Washington, D.C. continuarão a cair após o Dia da Posse, com sensação térmica abaixo de zero tanto na terça-feira quanto na quarta-feira. O Serviço Nacional de Meteorologia prevê uma máxima de -6°C na terça-feira, o que igualaria o dia mais frio registrado na cidade em cerca de uma década. Para a quarta-feira, espera-se que a temperatura chegue a -7°C, semelhante ao 16 de janeiro de 2009, quando o termômetro marcou um máximo de -8°C.
Na noite de segunda-feira, as temperaturas cairão novamente para valores próximos de -12°C, com sensação térmica de até -18°C. Durante o dia, o frio extremo será acompanhado por ventos sustentados de 16 a 32 km/h, com rajadas de até 56 km/h, o que reduzirá ainda mais a sensação térmica. Caso uma rajada ultrapasse os 45 km/h ao meio-dia, isso superaria a marca registrada na posse de Joe Biden e seria o vento mais forte em uma cerimônia desde os 56 km/h registrados na posse de Ronald Reagan em 1985.
Além do frio, a capital pode estar coberta por neve recente, resultado de uma tempestade prevista para domingo. As rajadas de vento podem levantar a neve acumulada, gerando ainda mais dificuldade para os participantes da cerimônia. Desde o início da semana, os modelos meteorológicos ajustaram suas previsões para temperaturas ainda mais baixas, à medida que uma massa de ar do vórtice polar desce do Canadá sobre a costa leste dos Estados Unidos.
A cerimônia de posse mais fria desde Ronald Reagan em 1985
A segunda posse presidencial de Ronald Reagan ocorreu no dia 21 de janeiro de 1985. No entanto, devido às temperaturas extremamente baixas em Washington, D.C., a cerimônia pública no Capitólio foi cancelada e, em seu lugar, foi realizada uma cerimônia privada no interior do Capitólio dos EUA, na Sala Rotunda.
No dia 20 de janeiro, conforme exigido pela Constituição, Reagan prestou juramento em uma cerimônia privada na Casa Branca, com o presidente da Suprema Corte, Warren Burger, administrando o juramento. A cerimônia pública, tradicionalmente realizada nas escadas do Capitólio, foi transferida para o interior devido às temperaturas que chegaram a -28°C com a sensação térmica, tornando-a a posse mais fria já registrada.
O desfile inaugural também foi cancelado devido às condições climáticas extremas. Em seu discurso inaugural, Reagan reafirmou seus compromissos de reduzir o papel do governo e fortalecer a economia dos Estados Unidos. Essa posse marcou o início de seu segundo mandato, que foi caracterizado pelo crescimento econômico e tensões com a União Soviética no contexto da Guerra Fria.
