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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) defendeu nesta terça-feira (1º) o presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, e voltou a criticar a taxa básica de juros, atualmente em 10,5%, afirmando que ela “vai cair nos próximos meses”.
Durante um evento público pela manhã, Lula comparou a situação enfrentada por Galípolo à de alguém que chegou tarde a um banquete problemático:
“Não pensem que eu me conformo com a taxa de juros a 15%. Mas esse aumento já estava dado. Na verdade, Galípolo está comendo o prato que ele recebeu, não teve nem tempo de trocar de comida”, disse.
O presidente também citou o comportamento da economia:
“O dólar começou a baixar, a inflação está controlada. Ainda falta uma contribuição para baixar o preço da carne. Não posso sair vendendo carne no mundo inteiro e o povo aqui no Brasil não poder comprar carne porque está muito caro”, afirmou.
Ao abordar a situação fiscal, Lula voltou a criticar o mercado financeiro, sugerindo que a resistência a algumas medidas do governo é motivada por ganância:
“Só pode ser ganância, a desgraçada da doença de acumulação de riqueza: só para mim e não para os outros. Porque vocês imaginem que temos nesse país pagamento da taxa de juros de quase R$ 1 trilhão, mas sabe quanto temos de exoneração fiscal? R$ 680 bilhões.”
“Fico triste quando vejo as pessoas jogarem a culpa em cima das pessoas doentes, em cima do BPC, em cima do Bolsa Família, em cima do Pé-de-Meia, para garantir que 500 mil moleques que desistiam da escola para trabalhar não desistam. Esse dinheiro vai ser devolvido em dobro para o Estado, quando estiverem transformados em cidadãos da primeira classe”, disse o petista.
“Não é tentar aumentar o imposto, é tentar fazer uma tributação mais justa, mais correta”, disse, ao citar a proposta de isenção de Imposto de Renda para quem ganha até R$ 5 mil.
Lula também voltou a mencionar o decreto do governo que aumentou o IOF sobre apostas esportivas, afirmando que a medida faz parte dos esforços para garantir equilíbrio fiscal sem penalizar os mais pobres.
