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O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, enviou nesta segunda-feira (6) à Polícia Federal a análise de uma “vaquinha” que arrecadou R$ 17,1 milhões para o ex-presidente Jair Bolsonaro. O pedido para que o caso fosse investigado pela corporação foi feito pela Procuradoria-Geral da República (PGR), no mês passado.
Os valores foram revelados, em julho, por um relatório do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf). O relatório indica que houve movimentações atípicas nas contas do ex-presidente, com 769 mil transações.
A defesa de Bolsonaro afirmou que os valores apontados pelo Coaf são provenientes de milhares de doações efetuadas via Pix por seus apoiadores e têm “origem absolutamente lícita”.
No pedido da PGR apresentado ao STF, parlamentares afirmam que “os depósitos teriam sido realizados em decorrência da campanha de arrecadação para pagamento de multas judiciais ostensivamente feita nas redes sociais pelo ex-presidente”.
Os R$ 17,1 milhões arrecadados por transferências via Pix equivalem a sete vezes o valor que Bolsonaro declarou ter em patrimônio ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE), de R$ 2,3 milhões, nas eleições passadas.
O montante seria suficiente para pagar 17 vezes as multas por descumprimento de decisões judiciais, motivo inicial que levou os apoiadores do ex-presidente a fazer uma “vaquinha” para ele.