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Pela primeira vez, a Força Aérea dos Estados Unidos utilizou uma aeronave militar para deportar brasileiros que viviam ilegalmente no país. O avião pousou na tarde desta terça-feira (1º) no Aeroporto Internacional de Belo Horizonte, em Confins, Região Metropolitana da capital mineira.
Ao todo, 46 brasileiros retornaram ao país neste 12º voo de deportação realizado em 2025. Desde janeiro, mais de 1.200 pessoas já foram repatriadas, segundo dados do governo federal. Diferentemente das operações anteriores, que utilizavam aeronaves comerciais fretadas, o uso do avião militar visa reduzir o tempo de detenção dos imigrantes em centros americanos, informou o Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania (MDHC).
As deportações em massa começaram após decreto do então presidente dos EUA, Donald Trump, que adotou uma política de “tolerância zero” contra imigrantes ilegais. No início das operações, a forma como os deportados eram transportados — algemados e com os pés acorrentados — causou tensão diplomática entre Brasil e Estados Unidos. Washington alegou que o uso de algemas durante o voo é procedimento padrão.
Para acolher os brasileiros repatriados, o MDHC criou o Posto de Acolhimento aos Repatriados, que oferece atendimento médico, vacinação, alimentação, acesso à internet e orientações sobre serviços públicos como saúde, assistência social, trabalho e documentação.
Esta iniciativa busca garantir que os deportados tenham condições dignas e apoio para a reintegração ao país após o retorno forçado dos Estados Unidos.
