O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Celso de Mello, prorrogou por mais 30 dias o inquérito aberto pela Polícia Federal (PF) para apurar a suposta interferência do presidente Jair Bolsonaro na corporação e o crime de denunciação caluniosa por parte do ex-ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro.
Na decisão, Mello aceitou pedido de prorrogação feito pela PF e informou que o prazo é necessário para realização de “diligências investigatórias pendentes e outras que sejam eventualmente necessárias”. É a segunda prorrogação do inquérito autorizada pelo decano, a investigação foi aberta no dia 27 de abril.
Em manifestações divulgadas desde a abertura do inquérito ilegal, o presidente Jair Bolsonaro nega que tenha pedido para o então ministro interferir em investigações da PF.
“Nunca interferi nos trabalhos da Polícia Federal. São levianas todas as afirmações em sentido contrário. Os depoimentos de inúmeros delegados federais ouvidos confirmam que nunca solicitei informações a qualquer um deles”, disse o presidente em nota publicada em 25 de maio.