O tenista Novak Djokovic perdeu a chance de defender seu título do Aberto da Austrália depois que um tribunal australiano confirmou uma ordem de deportação do governo.
Três juízes do Tribunal Federal apoiaram neste domingo (15) a decisão do ministro da Imigração, Alex Hawke, tomada na sexta-feira, de cancelar o visto do sérvio de 34 anos por motivos de interesse público.
A decisão significa que Djokovic, que não está vacinado contra o COVID-19, permanecerá detido em Melbourne até ser deportado.
Uma ordem de deportação geralmente também inclui uma proibição de três anos de retorno à Austrália.
A batalha de 11 dias sobre o status de vacinação de Djokovic contra a COVID encerrou seu sonho de um recorde de 21º Grand Slam.
Djokovic disse estar “extremamente decepcionado” com a decisão do tribunal, mas acrescentou que “cooperará com as autoridades competentes em relação à minha saída”.
“Estou desconfortável que o foco das últimas semanas tenha sido sobre mim e espero que agora todos possamos nos concentrar no jogo e no torneio que amo”, disse ele em comunicado.
Hawke cancelou o visto alegando que a presença de Djokovic na Austrália pode ser um risco para a saúde e “boa ordem” do público australiano e “pode ser contraproducente para os esforços de vacinação por outros na Austrália”.
Os juízes ouviram meio dia de discussões legais sobre o suposto risco representado por Djokovic.
Hawke disse que a postura de Djokovic pode inspirar sentimentos antivacinas, levando algumas pessoas a enfrentar a pandemia sem vacinação e inspirando ativistas antivacinas a se reunirem em protestos e comícios.
A poderosa equipe jurídica do jogador classificou o esforço da Austrália para deportá-lo como “irracional” e “irracional”, mas às vezes eles enfrentaram perguntas pontuais.
O advogado de Djokovic, Nick Wood, insistiu que seu cliente não havia cortejado o apoio anti-vacinação e não estava associado ao movimento. O governo “não sabe quais são as opiniões atuais de Djokovic”, disse Wood.
