Entre nos nossos canais do Telegram e WhatsApp para notícias em primeira mão. Telegram: [link do Telegram]
WhatsApp: [link do WhatsApp]
O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), apresentou seu voto na manhã desta quarta-feira (26/3) sobre a denúncia da Procuradoria-Geral da República (PGR) que pode tornar réus o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e outros sete aliados por suposta tentativa de golpe para anular as eleições de 2022. Moraes, relator do caso, foi o primeiro magistrado da Primeira Turma do STF a votar sobre a aceitação ou rejeição da denúncia.
A Primeira Turma do STF decidirá se aceita ou não a denúncia da PGR. Durante a apresentação de seu voto, Moraes utilizou vídeos e argumentos para contestar a narrativa de que os atos de 8 de janeiro foram um “passeio no parque”.
Moraes afirmou que “ninguém foi lá passar batonzinho na estátua”, em referência à mulher que pichou a frase “perdeu, mané” na estátua da Justiça, em frente ao STF.
“8 de janeiro de 2023 foi uma notícia péssima para a democracia, para as instituições, para todos os brasileiros e brasileiras que acreditam num país melhor. Mas esse viés de positividade faz com que nós aos poucos relativizarmos isso. E esqueçamos que não houve um domingo no parque. Não foi um passeio no parque. Ninguém, absolutamente ninguém que lá estava, estava passeando. E ninguém estava passeando porque tudo estava bloqueado e houve necessidade de romper as barreiras policiais”, disse.
O ministro também criticou aqueles que, segundo ele, tentam criar uma narrativa mais brandas dos fatos. “E as pessoas de boa-fé, que têm esse viés de positividade, acabam sendo enganadas pelas pessoas de má-fé, com notícias fraudulentas e com milícias digitais. Passam a querer criar uma própria narrativa, como disse ontem, de velinhas com a Bíblia na mão, de pessoas que estavam passeando, estavam com batom e foram lá passar um batonzinho na estátua”, afirmou.
Vale lembrar que Alexandre de Moraes e Flávio Dino votaram para condenar a cabeleireira Débora Rodrigues dos Santos a 14 anos de prisão por pichar a frase “perdeu, mané” na estátua da Justiça durante os atos de 8 de janeiro.
