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A líder opositora venezuelana María Corina Machado declarou que Nicolás Maduro “consumou” um golpe de Estado ao assumir a Presidência durante a cerimônia de posse realizada na tarde desta sexta-feira (10). Foi a 1ª vez que a opositora se manifestou publicamente após ser presa e posteriormente libertada.
María Corina Machado destacou que, na véspera, ocorreram 180 protestos em diversas regiões da Venezuela e em outras cidades ao redor do mundo, e afirmou estar confiante de que a liberdade está próxima. Segundo ela, Maduro permanece no poder com o apoio de ditaduras como as de Cuba e Nicarágua.
A opositora também relatou os detalhes de sua prisão, que ocorreu após deixar uma manifestação contra Maduro na região de Caracas.
De acordo com Machado, ela foi interceptada enquanto deixava o local em um comboio de três motos. Agentes armados da Polícia Nacional Bolivariana abordaram o grupo. A líder relatou que foi retirada da moto de maneira violenta e colocada em outra, entre dois homens. Durante a ação, houve disparos, e um membro de sua equipe foi ferido.
Machado afirmou que, ao chegar a um local desconhecido, um dos agentes informou que havia ordens para que fosse liberada, mas antes foi obrigada a gravar um vídeo como prova de vida. Ela relatou estar bem, embora sinta dores e tenha contusões em várias partes do corpo.
Para a líder opositora, o episódio revela contradições internas no regime, que, segundo ela, está dividido e atua de forma errática.
María Corina Machado acredita que a repercussão de sua prisão na comunidade internacional levou a ditadura de Maduro a perceber o erro cometido. Ela afirmou que a pressão contra o regime aumentará, até que Maduro reconheça que sua permanência no poder chegou ao fim.
A opositora também denunciou a repressão brutal do governo no dia anterior, que resultou na prisão de mais de 20 venezuelanos.
O ditador socialista Nicolás Maduro foi empossado presidente nesta sexta (10), em Caracas, após eleições marcadas por denúncias de fraude, repressão e violência contra opositores. A oposição afirmou que o vencedor legítimo foi Edmundo González Urrutia, que se exilou na Espanha após o pleito.
O processo eleitoral, realizado em julho de 2024, foi criticado por barrar candidaturas opositoras, como a de María Corina Machado, e excluir observadores internacionais.
González prometeu realizar uma posse simbólica, enquanto a oposição segue enfrentando forte repressão.