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Deputados de oposição ao governo Lula na Câmara dos Deputados criticaram, na tarde desta quarta-feira (19), a denúncia apresentada pela Procuradoria-Geral da República (PGR) contra o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Para os parlamentares, a acusação contra Bolsonaro é uma “peça de ficção”. Eles também apontaram que, desde a troca de governo, políticos de direita têm sido alvo de uma “perseguição implacável”.
O líder da oposição na Câmara, Coronel Zucco (PL-RS), manifestou-se sobre o assunto, afirmando que “a denúncia pela suposta tentativa de golpe de Estado representa mais um degrau nessa escalada criminosa contra a liberdade”. Na mesma manhã, Bolsonaro se reuniu com deputados do Partido Liberal (PL) na casa de Zucco, reforçando o apoio entre os membros da sigla.
Para os deputados, a denúncia contra o ex-presidente é fundamentada em “presunções” e “delações”, e não em evidências concretas. A oposição também usou a denúncia para questionar a imparcialidade do Supremo Tribunal Federal (STF), que será responsável por decidir se aceita ou rejeita a denúncia, o que poderia tornar Bolsonaro réu em um processo que investiga uma suposta tentativa de golpe.
Zucco levantou preocupações sobre a imparcialidade do julgamento, dizendo: “As recentes decisões do STF nos fazem questionar: teremos possibilidade de defesa para o presidente Bolsonaro? Ou ele já entra condenado a 20, 30, 40 anos de prisão?”. O parlamentar também destacou que o ex-presidente será julgado “por aqueles que se vangloriam de ter derrotado o bolsonarismo”.
A deputada Caroline de Toni (PL-SC), aliada de Bolsonaro, foi outra voz crítica, afirmando que a denúncia é uma narrativa “construída” com o intuito de intimidar a direita no Brasil. “O STF é um tribunal político. É uma perseguição política”, afirmou.
No Senado, o líder da oposição, Rogério Marinho (PL-RN), se posicionou em favor das punições aos responsáveis pelos atos do 8 de janeiro, mas considerou que as penas impostas a alguns envolvidos são desproporcionais. “Nós não somos favoráveis a depredação de prédios públicos, ao vandalismo, a invasão de prédios públicos. Achamos que quem fez e foi privado através da individualização de culpas, deve ser responsabilizado, mas não com 17 anos, não com 14 anos”, disse. Marinho defendeu a pacificação e a reconciliação social, mas também pediu que prevaleça a justiça.
A oposição no Brasil segue alegando que a denúncia contra o ex-presidente Bolsonaro carece de substância e é baseada em acusações sem evidências que sustentem as acusações graves. “Trata-se de uma série de acusações rasteiras, desprovidas de evidências concretas que sustentem as graves acusações imputadas”, diz o documento da oposição.
