Nos siga em

O QUE ESTÁ PROCURANDO

- (Lúcio Bernardo Jr/Câmara dos Deputados)

Justiça

Desembargador acusado de vender sentenças no RJ é aposentado compulsoriamente pelo CNJ 

Na terça-feira (15), o Conselho Nacional de Justiça (CNJ), por unanimidade, decidiu aposentar compulsoriamente o desembargador Siro Darlan. O magistrado é suspeito de irregularidades, entre elas, a de libertar da prisão um miliciano durante um plantão judiciário noturno.

Siro Darlan foi juiz da Vara da Infância e Juventude do Rio por mais de uma década. Em 2013, foi nomeado desembargador. Ele já tinha sido investigado acusado de venda de sentenças.

CONTINUE LENDO APÓS O ANÚNCIO

 Conforme o relatório apresentado pela conselheira Salise Sanchotene, o Processo Administrativo Disciplinar 0006926-94.2018.2.00.0000, julgado durante a 3ª Sessão ordinária do CNJ, nessa terça-feira (14/3), contra o desembargador do Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro (TJRJ), Siro Darlan de Oliveira, apurou a concessão de habeas corpus em plantão judicial em favor de um réu da Operação Capa Preta. O beneficiado em questão, porém, tinha como defesa o escritório de advocacia no qual o filho do magistrado atuava.

A operação Capa Preta, realizada em 2010 e 2014, visava acabar com a atuação de milícias em Duque de Caxias, na Baixada Fluminense. Em uma das etapas, todas as testemunhas relacionadas aos casos foram assassinadas – com exceção de um delegado, à época. A defesa do magistrado alegou que, atuar no plantão judicial fluminense era um “voo no escuro”, uma vez que o desembargador não tinha acesso aos autos do processo, mas recebia o caso em processo físico. No caso analisado pelo CNJ, o desembargador disse que não verificou quem eram os advogados responsáveis, mas apenas considerou que o preso tinha uma condição médica e, por isso, transformou a pena em prisão domiciliar.

CONTINUE LENDO APÓS O ANÚNCIO

A defesa apontou ainda que, a liminar vigorou por apenas alguns dias, até que o processo fosse redistribuído aos magistrados do TJRJ; e que o preso não estava em fuga, mas foi encontrado na Casa de Saúde, em tratamento.

No entanto, conforme o voto da relatora, o miliciano em questão, um dos líderes da quadrilha, tinha sido condenado por homicídio e ainda respondia por outros cinco processos semelhantes, além de ser dos mandantes dos assassinatos das testemunhas que cooperaram com a Justiça na operação Capa Preta. O habeas corpus atingiu todos os processos – que também foi questionado no voto da conselheira, uma vez que cada caso aborda uma especificidade e estariam em fases de tramitação distintas, mostrando desapreço à técnica processual – e também feriu a Resolução CNJ 71/2009, que dispõe sobre regime de plantão judiciário em primeiro e segundo graus de jurisdição.

CONTINUE LENDO APÓS O ANÚNCIO

Quanto à alegação do desembargador de que não sabia que estaria impedido para analisar o pedido de liminar, a conselheira considerou improvável, uma vez que o filho do magistrado prestava serviço para o escritório da defesa e que uma “singela pesquisa processual indicaria os processos em que o filho atuava. Logo, o magistrado plantonista não deveria ter apreciado o pedido”.

Conforme relatou, a gravidade da doença do miliciano também não correspondia à necessidade de uma decisão durante o plantão. O relatório médico enviado nos autos, demonstrava que o profissional de saúde não havia examinado o paciente, mas fez suas constatações com base em exames anteriores e alegações da própria família do preso. Informou ainda que o acusado morreu quatro anos depois, mas não há como dizer que foi em razão da referida comorbidade.

CONTINUE LENDO APÓS O ANÚNCIO

O conselheiro Mauro Martins também ressaltou que a alegação de voo cego no plantão, é para “quem não quer abrir os olhos”, por basta um “cuidado para verificar o impedimento”. Já os conselheiros Bandeira de Mello e o ministro Vieira de Mello destacaram a estranheza das “coincidências” em relação ao caso, que levam a crer que houve uma combinação das partes para que a liminar corresse. “Todas as ações comprometem a imagem do Judiciário”.

Nesse sentido, os conselheiros votaram com a relatora, julgando procedentes as imputações para aplicar ao desembargador a pena de aposentadoria compulsória, com vencimentos proporcionais ao tempo de serviço.

CONTINUE LENDO APÓS O ANÚNCIO
Escrito Por

Destaques

Mundo

A manifestação sindical unificada do 1º de Maio em Paris tomou um rumo inesperado nesta tarde, quando grupos radicais atacaram lojas da capital francesa,...

Brasil

O Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) emitiu um alerta de perigo para todos os 92 municípios do Rio de Janeiro, válido até domingo (5/5),...

rio grande do sul rio grande do sul

Brasil

O Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) emitiu um alerta vermelho nesta quarta-feira (1°), válido até as 8h de quinta-feira (2), para grande parte do...

Ayrton Senna voo Ayrton Senna voo

Brasil

Há exatos 30 anos, o Brasil perdia um de seus maiores ícones do esporte: Ayrton Senna da Silva. No entanto, mesmo após três décadas,...

Brasil

Na noite desta terça-feira (30), dois helicópteros da Força Aérea Brasileira (FAB) foram designados para sobrevoar as áreas afetadas pelo temporal que assolou o...

idoso morto idoso morto

Últimas Notícias

A Polícia Federal (PF) concluiu as investigações e decidiu indiciar Érika Souza, sobrinha de Paulo Roberto Braga, já falecido, por suspeita de homicídio culposo....

CONTINUE LENDO APÓS O ANÚNCIO

Brasil

Brasil

A Globo realizou uma mudança significativa ao remover a faixa de abertura tradicional da ‘Tela Quente’, sua sessão de filmes exibida regularmente às noites...

São Paulo

Um foco de incêndio foi registrado às 21h22 desta terça-feira (30) no 22º andar do Hotel Fasano, no Jardim Paulista, Zona Oeste de São...

INSS INSS

Brasil

O Ministério Público Federal (MPF) iniciou uma ação judicial solicitando a suspensão de todos os acordos entre o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS)...

Brasil

O temporal que atingiu o Rio Grande do Sul no dia 30 de abril deixou um rastro de destruição e luto. Oito pessoas morreram...

Força Nacional Terra Indígena Sararé Força Nacional Terra Indígena Sararé

Brasil

Presença dos agentes é prorrogada pela terceira vez em 2024 a pedido do governo do estado O Ministério da Justiça e Segurança Pública prorrogou...

Brasil

Uma ponte foi levada pela correnteza do Rio Santa Maria na tarde desta terça-feira (30), no km 228 da RSC-287, entre as cidades de...

CONTINUE LENDO APÓS O ANÚNCIO
Facebook
X\Twetter
LinkedIn
WhatsApp
Threads
Telegram
Reddit