O presidente do Senado Federal, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), negou nesta sexta-feira (05) uma questão de ordem do líder da oposição ao Governo Lula, Rogério Marinho (PL-RN), pleiteando mais vagas para a oposição na CPMI do 8 de Janeiro.
A decisão de Pacheco foi publicada no Diário do Congresso Nacional. Ela acontece após uma manobra do senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), líder do Governo Lula no Congresso Nacional, para ampliar a base governista na CPMI.
A CPMI do 8 de Janeiro terá 32 integrantes, sendo 16 do Senado Federal e 16 da Câmara dos Deputados. Randolfe ampliou a maioria governista de 11 para 12 das 16 vagas do Senado.
Marinho protestou alegando que Randolfe mudou de bloco parlamentar tarde demais, mas Pacheco não aceitou o argumento da oposição.
O Partido Novo também perdeu uma vaga. A legenda pediu para ocupar a vaga da minoria da cota da Câmara dos Deputados, negada ao Novo pelo presidente da Casa, Arthur Lira (PP-AL). Assim, a cadeira foi para a federação PT-PCdoB-PV.
O regimento do Congresso Nacional, no caso de CPMI’s, reserva uma vaga para Câmara e outra para o Senado, que devem ser preenchidas em rodízio pela minoria.
Porém, com a anuência de Lira e Pacheco, as cadeiras foram incluídas na divisão geral da CPMI e, na prática, serão ocupadas por aliados de Lula.
