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O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou nesta sexta-feira (11) que o Brasil está preparado para enfrentar possíveis instabilidades provocadas pelo cenário econômico internacional. Em entrevista à BandNews TV, ele destacou que o país conta com reservas cambiais robustas, bom desempenho comercial e uma supersafra, o que oferece segurança diante das novas taxações adotadas pelos Estados Unidos.
“Está em curso um movimento que precisamos ver como vai terminar. Mas, assim como em outras crises, como a de 2008, quando enfrentamos uma enorme crise financeira, o Brasil agora tem de US$ 75 bilhões a US$ 95 bilhões de saldo comercial. O país possui mais de US$ 300 bilhões em reservas cambiais”, afirmou Haddad.
O ministro também ressaltou que o governo Lula vem ampliando as relações comerciais com diversos países, o que fortalece a posição brasileira no cenário internacional. “Estamos em uma situação em que não devemos nada para ninguém”, disse.
Haddad explicou que, desde a quitação da dívida externa, o país acumulou superávit comercial e manteve reservas cambiais, criando uma base sólida de proteção. “Isso já aconteceu em 2008 e pode acontecer agora”, reforçou.
Apesar da incerteza sobre os impactos das tarifas impostas pelos Estados Unidos, Haddad acredita que o Brasil pode se beneficiar com o aumento das exportações e o avanço nas negociações entre Mercosul e União Europeia. “O Brasil, na minha opinião, tem uma posição privilegiada porque aumentou suas exportações para os três grandes blocos econômicos. Exportamos mais para os Estados Unidos, para a União Europeia e para a China. Temos um acordo de livre comércio com a União Europeia que, na minha opinião, será acelerado por causa desse cenário”, avaliou.
O ministro reconheceu que o Produto Interno Bruto (PIB) pode sentir os efeitos das mudanças no comércio global. “Podemos, eventualmente, a julgar pelos movimentos, sofrer algum impacto”, disse. Ainda assim, Haddad projeta crescimento de 2,5% para a economia brasileira em 2025 e acredita que a inflação pode voltar a “se comportar em patamares mais adequados” ao longo do ano.
