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O caso de Nego Di, que recebeu liberdade provisória do Superior Tribunal de Justiça (STJ) na última quarta-feira (27), pode ter desdobramentos semelhantes ao de Deolane Bezerra, que retornou à prisão horas após ser liberada por descumprir medidas judiciais.
O Ministério Público do Rio Grande do Sul está avaliando a possibilidade de revogar a liberdade provisória do humorista, após uma postagem feita pelas suas advogadas nas redes sociais.
De acordo com a coluna True Crime, do jornalista Ullisses Campbell, uma das condições para a liberação de Nego Di era o afastamento das redes sociais. No entanto, as advogadas do ex-BBB, Tatiana Vizzotto Borsa e Camila Kersch Rodrigues, postaram uma foto nas redes sociais celebrando a liberdade do cliente, com Nego Di aparecendo ao fundo, sorrindo.
Embora a defesa tenha argumentado que a ordem judicial se aplicava apenas às redes sociais do próprio Nego Di, o Ministério Público agora investiga se houve violação da medida cautelar.
Após a repercussão, as advogadas apagaram as imagens e vídeos, mas não sem antes justificar que o conteúdo estava publicado nos perfis delas, não no de Nego Di.
Mesmo assim, a decisão do STJ proíbe explicitamente o humorista de frequentar ou utilizar redes sociais.
Nego Di foi preso em julho, acusado de estelionato e lavagem de dinheiro, após anunciar produtos de uma loja virtual da qual era sócio, mas que nunca entregou aos clientes. O prejuízo ultrapassa R$ 5 milhões. Após 130 dias de prisão na Penitenciária Estadual de Canoas (Pecan), ele obteve a liberdade provisória, mas com diversas condições, incluindo a obrigatoriedade de comparecer periodicamente à Justiça, não mudar de endereço sem autorização judicial, e manter o passaporte recolhido. Além disso, o humorista está proibido de se ausentar da comarca sem comunicar previamente o juízo.